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CRECI-SC alerta sobre o Aedes aegypti

29 de Janeiro de 2016

A DIVE – Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina divulgou em seu site, esta semana, um balanço dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti entre 01 e 23 de janeiro de 2016. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é transmissor de outras duas doenças: febre Chikungunya e Zyca vírus. O mosquito que pica uma pessoa doente pode transmitir o vírus para até 30 pessoas, por isso, muito além de um inseto, o Aedes aegypti se tornou uma praga que precisa ser combatida. 

                As larvas do mosquito podem durar mais de um ano e eclodir somente num momento propício, dessa maneira, a melhor forma de evitar a proliferação do mosquito é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor das doenças. É importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

                Confira os números em Santa Catarina              

Dengue

                Os números mostram que nesse período foram notificados 559 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 523 (94%) casos estão em investigação, aguardando resultado laboratorial, 09 (2%) foram confirmados pelo critério laboratorial e 27 (5%) foram descartados. Do total de casos confirmados, 07 (78%) são importados (transmissão fora do Estado) e 2 (22%) estão em investigação para definição do local provável de infecção.

                Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina, até a Semana Epidemiológica nº 03 de 2016 (de 03 a 23 de janeiro de 2016), foram identificados 697 focos, em 67 municípios. Atualmente, existem 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, entre eles Florianópolis, Balneário Camboriú, Joinville e Chapecó. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

                A dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegyptiinfectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.

Febre de Chikungunya

                No período de 01 a 23 de janeiro de 2016, foram notificados oito (8) casos suspeitos de Febre de Chikungunya em Santa Catarina, todos permanecendo em investigação.

                No ano de 2015, foram notificados 101 casos suspeitos de Chikungunya, dos quais quatro (4%) foram confirmados, 54 (53%) foram descartados e 43 (43%) permanecem em investigação. Do total de quatro casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros três foram importados de outros estados. Em relação ao boletim anterior (publicado no dia 19 de janeiro), foi confirmado mais um (1) caso de Chikungunya, importado, com residência no município de Jaraguá do Sul.

                A febre de Chikungunya é uma infecção viral causada pelo Vírus Chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".

 

Febre do Zika Vírus       

                A febre do Zika Vírus é uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves. Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por, aproximadamente, um mês. Segundo o ministério da saúde o Zika vírus podecausar microcefalia quando a mãe pega Zika nos primeiros três meses de gravidez.

                No período de 01 a 23 de janeiro de 2016, foram notificados 31 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina. Destes, 4 (13%) foram confirmados, 3 (10%) foram descartados e 24 (77%) permanecem em investigação.

                Todos os casos confirmados são importados e classificados pelo critério clínico-epidemiológico (após diagnóstico diferencial negativo para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus). Estes casos foram identificados em Braço do Norte, Florianópolis e Ipuaçu, e os prováveis locais de infecção foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe. O caso confirmado de Febre do Zika Vírus no município de Itapoá não aparece no boletim, pois o paciente reside no estado de Mato Grosso.

                Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC

                A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti informa que todos os 28 municípios infestados pelo mosquito implantaram a Sala de Situação municipal. Os municípios de Novo Horizonte e Princesa ainda não informaram a composição das suas salas.

                Em reunião com o município de Florianópolis, realizada no dia 25/01, o número de imóveis em área infestada foi revisto. Inicialmente, haviam sido contabilizados todos os imóveis da área continental do município. Entretanto, nessa área, são considerados infestados apenas os bairros Capoeiras, Coloninha e Monte Cristo. Dessa forma, com a revisão da informação, o município possui 41.326 imóveis em área infestada.

                Assim, o quantitativo de imóveis a serem visitados em áreas infestadas em Santa Catarina, informado à Sala Estadual pelos 28 municípios, totaliza 333.124 imóveis.

                Informações sobre as visitas aos imóveis estão sendo repassadas diariamente para a Sala Estadual. Embora todos os municípios estejam realizando as atividades, Florianópolis e Princesa ainda não repassaram a informação oficial para contabilização dos dados.

                Dos 333.124 imóveis em áreas infestadas, que devem ser vistoriados até o dia 12 de fevereiro, já foram realizadas visitas em 70.340 imóveis, representando 21,1% do total. Os imóveis fechados ou que a visita foi recusada totalizam 35.178 (10,6% do total de imóveis existentes).

                Além da intensificação nas visitas aos imóveis das áreas infestadas desses 28 municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC emitiu a Nota Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência no dia 22/01 com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios catarinenses. A orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos imóveis, devem ser priorizadas as ações de orientação para população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar seus potenciais criadouros.

                Alerta os Corretores de Imóveis

                O Conselho Regional de Corretores de Imóveis – 11ª Região/SC orienta os Corretores de Imóveis para que fiquem atentos sobre focos do mosquito da dengue nos imóveis vistoriados, verificando se há recipientes com água parada, como pratos de vasos, vasos sanitários ou piscinas sem tratamento e, se necessário, acionar o proprietário para fazer a limpeza. Além disso, é importante que o corretor de imóveis oriente seus clientes para que tomem as medidas de prevenção, principalmente nesta época em que os aluguéis de temporada estão em alta.

                O Combate ao mosquito da dengue é uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda população. O mosquito da dengue (Aedes aegypti) se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias. A conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância para a redução desta doença do Brasil. A prevenção é a única arma contra a doença!

Medidas para combater o mosquito da dengue:

  • Coloque areia nos pratinhos de plantas;
  • Remova duas vezes por semana a água acumulada em folhas de plantas, como as bromélias;
  • Coloque tampas de garrafas, cascas de ovo, latas e outras embalagens vazias em saco plástico bem fechado;
  • Mantenha as lixeiras tampadas;
  • Lave com escova os potes de comida e água dos animais uma vez por semana, no mínimo;
  • Deixe a tampa do vaso sanitário fechada e dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
  • Coloque cimento nos cacos de vidro dos muros;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Guarde os pneus secos e cobertos ou preencha-os com areia;
  • Mantenha as calhas para água de chuva desentupidas;
  • Retire a água acumulada na laje;
  • Retire a água e limpe as bandejas externas de geladeiras;
  • Deixe os depósitos para guardar água sempre tampados;
  • Lave e escove os suportes de garrafões de água mineral;
  • Trate a água de piscinas com cloro e limpe-as uma vez por semana;
  • Evite acumular entulhos. Eles podem se tornar locais de foco do mosquito da Dengue;
  • Guarde as garrafas com o gargalo para baixo.

Clique aqui e tenha acesso ao Boletim n°3 de Dengue, ZikaV e Chikungunya, com dados referentes até a Semana Epidemiológica n0 03 - (01 a 23 de janeiro de 2016) 

 

Fonte: DIVE - Diretoria de Vigilância Epidemiológica SC

Fúlvio Aducci, 1214, 10° andar. Estreito - Florianópolis/SC - 88075-001

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