Após atingir em março o menor patamar dos últimos 20 meses, a taxa de inadimplência em contratos de locação voltou a subir no Brasil. Em abril, o índice chegou a 3,15%, frente aos 3,09% registrados no mês anterior. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia (IIL) da Superlógica, uma das principais plataformas de gestão para o setor condominial e imobiliário.

Apesar da leve alta no comparativo mensal, o cenário ainda é melhor do que em abril de 2024, quando a taxa estava em 3,86% — uma queda de 0,71 ponto percentual em 12 meses.

Regiões e faixas de aluguel mais impactadas

No recorte regional, o Nordeste apresentou a maior taxa de inadimplência em abril (4,55%), ultrapassando o Norte (4,45%), que liderava o ranking desde agosto de 2024. Em seguida, aparece o Centro-Oeste (3,12%). Já as regiões com os menores índices são o Sudeste (2,94%) e o Sul (2,50%), onde está localizado o mercado catarinense.

Entre os imóveis residenciais, a inadimplência foi maior na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil (5,42%) e menor na faixa de R$ 2 mil a R$ 5 mil (1,80%). Já no segmento comercial, imóveis com aluguéis de até R$ 1 mil registraram o maior índice de inadimplência (6,87%), enquanto os com valores entre R$ 2 mil e R$ 3 mil tiveram o menor percentual (3,70%).

Por tipo de imóvel, apartamentos registraram leve queda na inadimplência (de 2,10% para 2,08%), enquanto casas subiram de 3,44% para 3,48%. Já os imóveis comerciais apresentaram alta mais expressiva, passando de 4,12% para 4,33%.

Papel estratégico do corretor de imóveis

Diante desse cenário, o papel do corretor de imóveis se torna ainda mais relevante. A análise criteriosa do perfil do locatário, a clareza contratual, a orientação adequada e o acompanhamento próximo da relação locador-inquilino podem ser determinantes para mitigar riscos de inadimplência.

Mais do que fechar negócios, o profissional que atua com locações precisa estar atento aos indicadores econômicos, conhecer as tendências regionais e oferecer segurança jurídica aos seus clientes.

Fique atento às mudanças, atualize-se e siga contando com o Conselho para construir uma carreira sólida e segura no mercado imobiliário catarinense.